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Quem são os trabalhadores em educação?

Nas escolas há muitos trabalhadores: professores, técnicos, terceirizados. Mas quais se encaixam no grupo de profissionais da educação? É intuitivo pensar que os professores são necessariamente trabalhadores em educação. Os outros profissionais dão o suporte para que o professor tenha condições de ensinar. Mas será que é só isso? Até onde vai a importância de técnicos e terceirizados? Para entendermos isso, precisaremos conhecer três conceitos: educação formal, informal e não formal.

Educação formal, como o próprio nome já diz, vem atrelada a uma série de formalidades tais como currículos, leis, hierarquias, preparando o indivíduo para interagir com o outro em sociedade. O espaço mais comum de educação formal é a escola, onde o aprendizado é orientado por profissionais da educação (principalmente professores) e vai evoluindo por gradações.

A educação informal é basicamente o oposto de educação formal. Nela não há organização. Ela simplesmente “acontece”, seja no seio familiar, igreja, clube, enfim, nos grupos informais que frequentamos. Ela geralmente molda os pensamentos mais espontâneos dos indivíduos e seus valores.

Por último, vem a educação não formal. Via de regra, ela é um meio termo entre a educação formal e a informal, em que aprendemos com o outro, não alguém designado a ensinar como na educação formal, mas pelo simples compartilhamento do conhecimento. O processo de aprendizagem geralmente é intencional e realizado em locais específicos, tais como: museu, biblioteca, empresa. Os objetivos da aprendizagem são construídos coletivamente a partir da necessidade e dos interesses de quem dela participa (ensinando, aprendendo ou ambos). A tabela abaixo faz uma pequena síntese da educação formal, não formal e informal:

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Conforme mencionado, a escola é o ambiente que se caracteriza pela educação formal, porém nela há forte presença da educação não formal. A escola possui formas de funcionamento que são repassadas a todos de forma que todos educam e todos aprendem. Há uma intencionalidade nisso, mas não há educador e educando. Os fluxos processuais e informacionais acontecem para que haja a administração. Simultaneamente há também forte influência da educação informal na escola: há grupo do futebol, dos que andam de skate, dos religiosos, dos que lutam contra o racismo, dos grupos de estudos, dos fumantes, dos partidos políticos, etc. Esses grupos se influenciam e reforçam nos seus indivíduos os seus valores e a consciência interna. 

Agora voltemos a nossa questão. Quem são os profissionais em educação? Percebendo o ambiente escolar como densamente permeado pela educação formal, informal e não formal. Não podemos prescindir de nenhum profissional que trabalhe na escola, seja ele professor, técnico ou terceirizado. O raciocínio parece mais lógico quando imaginamos uma pessoa que ignora a escola relatando aos alunos que criou seus filhos “sem precisar de diploma”. Quando vemos uma biblioteca que não tem diálogo com a área pedagógica, pessoas alheias a atividade fim da escola, que muitas vezes desconstroem aquilo que a educação quer construir (e muitas vezes possuem vínculos afetivos mais próximos com os estudantes do que o professor conseguiria: uma merendeira que serve a refeição, um porteiro que conversa todos os dias com o estudante, um técnico da secretaria acadêmico ou até mesmo um professor que ignora as diretrizes da escola, mas tem bom relacionamento com os alunos).

Portanto, é um erro pensar que a escola deve educar estudantes apenas. Ela deve dar conta de educar os seus professores, técnicos, terceirizados e todos aqueles que de alguma forma se envolvem com a escola de maneira profissional. Esses são os profissionais em educação. Todos devem se educar mutuamente, só assim conseguiremos educar os estudantes.

Acesse também os materiais complementares:

Âncora 1
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Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas.

Educação não formal, aprendizagens e saberes em processos participativos.

IN 01/2016 CGU/MP

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I - ambiente de controle: é a base de todos os controles internos da gestão, sendo formado pelo conjunto de regras e estrutura que determinam a qualidade dos controles internos da gestão. O ambiente de controle deve influenciar a forma pela qual se estabelece mas estratégias e os objetivos e na maneira como os procedimentos de controle interno são estruturados. Alguns dos elementos do ambiente de controle são:

a) integridade pessoal e profissional e valores éticos assumidos pela direção e pelo quadro de servidores, incluindo inequívoca atitude de apoio à manutenção de adequados controles internos da gestão, durante todo o tempo e por toda a organização;

b) comprometimento para reunir, desenvolver e manter colaboradores competentes;

c) filosofia da direção e estilo gerencial, com clara assunção da responsabilidade de supervisionar os controles internos da gestão;

d) estrutura organizacional na qual estejam claramente atribuídas responsabilidades e delegação de autoridade, para que sejam alcançados os objetivos da organização ou das políticas públicas; e

e) políticas e práticas de recursos humanos, especialmente a avaliação do desempenho e prestação de contas dos colaboradores pelas suas responsabilidades pelos controles internos da gestão da organização ou política pública; (ART 11)

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